Tarifaço de Trump, trégua com a China e encontro com Putin: mercados de olho em semana decisiva
A semana começa carregada de eventos capazes de mexer com os preços de praticamente todos os ativos — de moedas a commodities e índices de ações.
Nos Estados Unidos, entrou em vigor o tarifaço imposto por Donald Trump contra produtos europeus, com alíquotas que chegam a 50% em setores estratégicos como automóveis, aço e tecnologia. O impacto inicial foi sentido no câmbio e nas bolsas europeias, mas o efeito global ainda será medido nos próximos dias, especialmente se houver retaliações.
Na China, investidores aguardam o desfecho da trégua comercial com os EUA, que expira amanhã. Até o momento, não há confirmação de renovação, e um rompimento desse acordo pode reacender tensões e pressionar moedas e bolsas de mercados emergentes.
O cenário geopolítico também ganha peso com a agenda de Donald Trump e Vladimir Putin, que devem se encontrar no final da semana para discutir um possível cessar-fogo na Ucrânia. Um avanço nesse sentido teria potencial para reduzir prêmios de risco em ativos globais e impactar diretamente commodities como petróleo e trigo.
No Brasil, o governo deve apresentar nos próximos dias um plano para mitigar os efeitos das tarifas americanas sobre a economia, preservando competitividade e buscando conter repasses inflacionários. Além disso, a agenda corporativa segue aquecida, com divulgação de balanços de empresas de grande peso no Ibovespa, o que pode gerar movimentos significativos no índice.
No radar econômico global, o dado mais aguardado é o CPI (índice de preços ao consumidor) dos EUA, que será divulgado na quarta-feira. O resultado terá influência direta sobre as expectativas para os próximos passos do Federal Reserve em relação à política monetária.
Análises Técnicas
Ibovespa

O índice segue em consolidação, oscilando entre suporte e resistência de curto prazo. A tendência de médio prazo ainda é positiva, mas um rompimento da resistência atual poderia abrir espaço para um movimento de alta mais forte.
S&P500

O principal índice americano mantém-se próximo das máximas históricas, com suporte relevante na média móvel de 21 períodos no gráfico diário. A consolidação atual sugere que o mercado aguarda sinais mais claros antes de buscar novas altas, especialmente diante do cenário geopolítico e dos dados de inflação desta semana.
Ouro

O metal precioso continua a ser beneficiado pela incerteza global, sustentando-se acima de níveis importantes de suporte. Caso as tensões geopolíticas aumentem, o ativo pode buscar novas máximas, reforçando seu papel de proteção.
EUR/USD

O par segue pressionado pela força do dólar, encontrando resistência em regiões próximas à média de 21 períodos. A tendência de curto prazo é de baixa, refletindo a busca por segurança dos investidores em meio ao cenário global instável.
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