Superquarta define os rumos da economia global; Brasil acompanha em meio à tensão política
A semana começou com o foco total em decisões de política monetária ao redor do mundo. O mercado já dá como certo um corte de juros pelo Federal Reserve nesta quarta-feira — a chamada “Superquarta”. Mas o que mais importa não é o corte em si, e sim o tom da comunicação: haverá espaço para mais cortes até o fim do ano?
Enquanto isso, no Brasil, o julgamento de Jair Bolsonaro chegou ao fim com uma condenação de 27 anos. Agora, o foco político se volta ao Congresso, onde a pressão por uma anistia começa a ganhar força e pode movimentar o noticiário — e o mercado.
🌍 Cenário Internacional
O destaque absoluto da semana é a reunião do Fed, marcada para quarta-feira. O corte de 0,25 ponto percentual já é dado como certo, mas os investidores estão atentos ao discurso de Jerome Powell. Se houver sinalização de continuidade no ciclo de afrouxamento, os ativos de risco podem subir ainda mais. Por outro lado, se o tom for mais cauteloso, a reação pode ser negativa.
Além dos EUA, teremos decisões de outros três grandes bancos centrais:
BoE (Inglaterra)
BoJ (Japão)
PBoC (China)
Esses movimentos refletem um momento global de revisão de política monetária, especialmente após dados fracos da economia chinesa, que aumentaram as incertezas nos mercados emergentes.
Cenário Doméstico
No Brasil, o foco político migrou do STF para o Congresso Nacional. Após a condenação de Jair Bolsonaro e outros aliados, as atenções se voltam à articulação por uma possível anistia eleitoral.
A oposição pressiona na Câmara, enquanto o governo articula no Senado para frear o avanço da proposta. O governador Tarcísio de Freitas também entra no jogo político, retornando a Brasília para tentar costurar acordos.
Na economia, o Copom se reúne nesta semana, mas o consenso é de manutenção da Selic em 15%. O que pode mexer com o mercado é o tom do comunicado, que pode indicar espaço (ou não) para cortes futuros.
📊 Análises Técnicas
S&P 500

O índice americano renovou sua máxima histórica, com os investidores já precificando o corte de juros na quarta-feira. O gráfico aponta para um possível alvo em 6.550 pontos com base em uma projeção de Fibonacci. No entanto, o analista recomenda cautela extrema na quarta-feira, devido à possibilidade de um discurso conservador de Powell que possa interromper a tendência de alta.
Ibovespa

O índice acompanha o movimento global e também renovou sua máxima histórica, mas o analista segue com recomendação de não operar esse ativo no momento. Apesar do silêncio de Trump, porta-vozes do governo americano deram sinais de que podem reagir à condenação de Bolsonaro, o que traz risco geopolítico adicional.
Ouro (XAU/USD)

O ouro segue em tendência de alta forte, com padrão gráfico de Mastro-Bandeira, sinalizando continuação do movimento. A busca por proteção global, diante das incertezas econômicas e políticas, continua impulsionando o ativo.
Euro/Dólar (EUR/USD)

O par segue em consolidação de médio prazo. Com a expectativa de corte nos juros dos EUA, o euro tende a se valorizar, mas o analista recomenda buscar operações apenas nos extremos do canal de consolidação.
Conclusão
A chamada “superquarta” vai ditar o ritmo dos mercados globais, enquanto o Brasil segue em compasso político delicado. Investidores devem redobrar a atenção às sinalizações do Fed e aos desdobramentos no Congresso, que podem mexer com câmbio, juros e ativos de risco.
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