Inflação nos EUA, cortes de juros no radar e cenário político no Brasil
🌍 Cenário Internacional
O discurso de Jerome Powell em Jackson Hole trouxe exatamente o que o mercado esperava ouvir: o primeiro corte de juros nos EUA em setembro está praticamente garantido. A dúvida agora é se será apenas um alívio pontual ou o início de um ciclo mais consistente de reduções.
Tudo vai depender dos dados de inflação (PCE) e da reação do mercado de trabalho às tarifas impostas por Donald Trump. Caso os efeitos se mostrem passageiros, o Fed pode manter o ritmo dovish; caso contrário, há risco de novas pausas em novembro e dezembro.
Com esse sinal mais otimista, investidores entraram em modo risk-on, levando bolsas para novas máximas históricas e aumentando apostas até mesmo de que o Copom no Brasil antecipe cortes de Selic já em dezembro.
Cenário Doméstico
No Brasil, o noticiário político segue turbulento: Bolsonaro e o filho Eduardo foram indiciados por obstrução de Justiça, aumentando a tensão no ambiente institucional. Ao mesmo tempo, uma nova pesquisa Genial/Quaest mostrou Lula se recuperando na corrida presidencial de 2026, o que mexeu com as expectativas de investidores e desmontou parte das posições montadas no chamado trade eleitoral.
Na agenda econômica, os destaques desta semana ficam para o IPCA-15 de agosto, que dará pistas sobre o ritmo da inflação, e para os dados do Caged, que mostram a evolução do mercado de trabalho. Ambos têm potencial de mexer com a curva de juros e o apetite ao risco local.
📊 Análises Técnicas
S&P 500

O índice americano disparou após o discurso dovish de Powell e negocia em máxima histórica, pressionado por uma LTA que pode abrir espaço para rompimento. Caso avance, o próximo alvo está na região dos 6.500 pontos, confluindo com a expansão de Fibonacci. O PCE desta semana será o teste decisivo para confirmar a tendência. .
Ibovespa

O índice tenta romper a resistência formada após o anúncio das tarifas americanas mais pesadas para o Brasil. As médias móveis seguem planas e o preço está no meio do canal, ainda sem clareza de tendência. Uma confirmação de alta pode levar o Ibovespa a buscar o topo do canal, próximo da máxima histórica.
Ouro (XAU/USD)

O metal segue em lateralização, com as médias de 21 e 50 períodos andando juntas, revelando falta de direção e volatilidade. O cenário favorece operações curtas nos extremos da conso
Euro/Dólar (EUR/USD)

O par retornou à zona de consolidação e encontra suporte nas médias móveis. O viés ainda é de alta, mas o movimento sugere consolidação no curto prazo. Operações mais seguras devem aguardar os extremos do retângulo.
Conclusão
A semana traz dados cruciais de inflação nos EUA (PCE) e indicadores relevantes no Brasil (IPCA-15 e Caged), além de um pano de fundo político que mantém os investidores atentos.
O mercado global entrou em compasso de otimismo após Jackson Hole, mas a “prova real” ainda está por vir.
Para conferir a análise completa, com todos os gráficos e detalhes apresentados pelo analista certificado Marcos Praça:
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