Brasil em Rota de Colisão com os EUA: Guerra Comercial Ganha Novo Capítulo
O Brasil entrou de vez no radar da nova guerra comercial global — e não foi por bons motivos. A semana começou quente, com tensão política interna, decisões judiciais polêmicas e retaliações tarifárias ganhando força. O cenário deixa investidores em alerta e pressiona ativos importantes.
Brasília em Foco: Política Interna Repercute Lá Fora
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, impondo novas restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro, pegou o mercado de surpresa. A medida foi interpretada como uma escalada na crise política e aumentou o mal-estar com os Estados Unidos.
Donald Trump, que já havia criticado a condução do caso Bolsonaro, voltou a associar o episódio à imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A leitura do mercado é clara: o imbróglio político interno está pesando sobre a diplomacia e os acordos comerciais com os EUA.
Comércio Internacional Estagnado
Enquanto isso, no exterior, as negociações dos EUA com outros países também não evoluem. As conversas com a União Europeia esfriaram, frustrando expectativas de acordos relevantes. O clima é de incerteza, e os investidores assumem postura defensiva.
China, Europa e EUA: Cautela nas Decisões
Na China, o Banco Central manteve as taxas de juros inalteradas, sinalizando estabilidade e nenhuma urgência em reaquecer a economia.
Na Europa, o foco da semana é a reunião do BCE, com expectativa de manutenção das taxas. Já nos EUA, o destaque será a fala de Jerome Powell, presidente do Fed, que deve manter um discurso cauteloso, mesmo sob pressão da Casa Branca por cortes nos juros.
Temporada de Balanços: Hora da Verdade
Nos EUA, os gigantes da tecnologia como Alphabet, Tesla e Intel divulgam resultados nesta semana. No Brasil, Neoenergia, Weg, Multiplan e Usiminas abrem a temporada de balanços na B3. Os dados devem oferecer pistas importantes sobre a saúde financeira das empresas em meio ao cenário volátil.
Dados Econômicos no Brasil
A semana também reserva indicadores relevantes, como o IPCA-15, Transações Correntes e o Relatório de Receitas e Despesas do Governo. São informações cruciais para traçar o curto prazo da economia brasileira.
🔍 Análises Técnicas da Semana
📈 S&P500

O índice renovou máxima na segunda-feira, mas encerrou o pregão com candle de reversão. Apesar disso, a tendência de médio e longo prazo segue fortemente altista, com suporte nas médias móveis de 21 e 50 períodos do gráfico diário. Pode corrigir no curto prazo, mas o viés geral continua positivo.
📉 IBOVESPA

O Ibovespa caiu forte com a escalada da guerra comercial, testando uma zona de suporte relevante. Nesta segunda, segurou no suporte, mas sem força para retomar a consolidação anterior. O cenário depende da evolução política — atenção total ao suporte para evitar rompimentos de baixa.
🪙 OURO (XAU/USD)

O ouro rompeu sua consolidação de curto prazo com forte alta, evidenciando o aumento da busca por proteção. A valorização pode continuar até a próxima resistência, onde o investidor deve observar para possíveis operações — seja para romper ou para correção.
💶 EUR/USD

O par rompeu a LTA e está negociando abaixo da média de 21 períodos. Iniciou a semana em leve alta, mas usa a antiga linha de tendência como resistência, somada à faixa de consolidação anterior. Esse ponto pode gerar boa oportunidade de entrada, dependendo da confirmação do próximo candle.
📌 Resumo da Semana:
Brasil em crise política com impacto internacional.
Guerra comercial com os EUA esquenta.
Powell e BCE prometem movimentar mercados com seus discursos.
Resultados corporativos ganham atenção.
Ouro sobe e dólar mostra resiliência.
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