Semana quente nos mercados: Payroll atrasado, techs em xeque e Ibovespa em pausa
Em uma semana marcada pela reacomodação do mercado global, os holofotes se voltam para a divulgação do Payroll americano de setembro, prevista para esta quinta-feira (20), e o aguardado balanço da Nvidia. Enquanto isso, o Ibovespa interrompe sua histórica sequência de altas, mas segue colado ao topo — reforçando o momento de atenção. A agenda econômica global continua carregada, com a liberação de dados atrasados pelo shutdown dos EUA e expectativa sobre os próximos passos do Federal Reserve.
🌍 Cenário Internacional
A chance de corte de juros em dezembro pelo Fed praticamente evaporou. O motivo: com boa parte dos dados de outubro ainda indisponíveis e os de novembro sob risco de atraso, o comitê deve manter postura conservadora. Os discursos recentes reforçam essa cautela, em linha com o impacto residual do shutdown.
Na quarta-feira, o mercado estará atento ao balanço da Nvidia — o mais esperado da temporada. Com o setor de tecnologia sob questionamentos sobre bolha, qualquer sinal fora do esperado pode gerar forte volatilidade. Além disso, foi confirmada a nova data para o PCE de outubro e a segunda leitura do PIB dos EUA: ambos sairão no dia 26, influenciando diretamente as apostas para a reunião do Fed em dezembro.
🇧🇷 Cenário Doméstico
O Ibovespa interrompeu sua sequência histórica de 15 pregões de alta — feito que não se via desde 1994 — mas manteve o nível elevado, encerrando apenas 10 pontos abaixo da máxima histórica. O movimento não caracteriza correção, mas sim uma desaceleração técnica. O feriado da Consciência Negra (20/11) manterá a B3 fechada, o que reduz a liquidez local no dia em que o Payroll americano será divulgado.
Entre os destaques da semana no Brasil estão o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas e o IBC-Br de setembro, que traz uma prévia do ritmo econômico. Além disso, a fala do diretor Galípolo também deve influenciar expectativas de mercado, especialmente sobre política monetária e fiscal.
📊 Análises Técnicas
S&P500

O índice americano desenha um fundo duplo no curto prazo, com médias móveis se aproximando e indicando consolidação no topo. A tendência de longo prazo segue altista. O ideal é observar o comportamento dentro da lateralização enquanto os dados econômicos dos EUA permanecem como gatilho.
Ibovespa

Após sequência impressionante de altas, o índice consolida no topo e forma figura de “mastro bandeira”. Se romper a máxima histórica, pode buscar novas altas expressivas. Por outro lado, caso haja rompimento para baixo, retrações na figura gráfica servem como alvos potenciais.
Ouro (XAU/USD)

O ativo voltou a subir após correção na faixa dos 4 mil dólares, formando um possível OCO invertido. Rompendo o último topo, pode mirar novamente a máxima histórica. A tendência é de alta forte, com preço acima das médias móveis no gráfico diário.
Euro/Dólar (EUR/USD)

O par voltou à zona de consolidação de médio prazo e opera entre as médias de 21 e 50 períodos. Apesar da leve baixa no curto prazo, o cenário ainda é neutro. Recomendação: aguardar movimentos nos extremos do retângulo para identificar oportunidades de reversão técnica.
Conclusão
A semana exige atenção redobrada: os dados represados nos EUA e o Payroll atrasado podem gerar reações inesperadas. Ao mesmo tempo, o mercado brasileiro respira após rali histórico. A combinação de eventos globais e domésticos faz desta uma semana chave para o investidor atento.
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