Alívio Global com Acordo EUA-China, mas Trump Gera Queda em Farmacêuticas
Clima de alívio toma conta dos mercados internacionais
Depois de meses de embates e incertezas, Estados Unidos e China chegaram a um acordo comercial neste fim de semana, durante um encontro histórico realizado na Suíça. Foi o primeiro encontro direto entre representantes dos dois países desde que Donald Trump deu início à guerra tarifária — medida que sacudiu o comércio global.
O resultado prático:
Os EUA reduziram suas tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%.
A China cortou suas tarifas de 125% para 10%.
O acordo tem prazo inicial de 3 meses para testar os avanços e dar tempo para ajustes diplomáticos e comerciais.
O impacto foi imediato: as bolsas asiáticas dispararam, os índices futuros de Nova York abriram em alta e o sentimento no mercado é de que um novo ciclo de estabilidade pode estar começando. Afinal, além do fim das tarifas, esse acordo simboliza uma redução significativa na incerteza global.
Farmacêuticas viram para baixo após nova medida de Trump
Se por um lado o cenário internacional ganhou força positiva, outro setor foi atingido em cheio por um anúncio inesperado de Trump. Nesta segunda-feira, o presidente americano ordenou a equiparação dos preços de medicamentos nos EUA aos menores praticados no mundo.
Segundo Trump, alguns medicamentos devem ter seus preços reduzidos em até 90%, com prazo de 30 dias para implementação da nova regra. A medida provocou uma queda imediata de mais de 6% nas ações da Novo Nordisk e AstraZeneca, refletindo o temor de impacto direto na margem de lucro das gigantes do setor.
No radar: inflação, Copom e Petrobras
A semana ainda está só começando, mas já promete ser intensa.
Nos Estados Unidos, teremos uma bateria de dados:
CPI (inflação ao consumidor)
PPI (inflação ao produtor)
Vendas no varejo
Produção industrial
Confiança do consumidor
Esses números serão cruciais para entender os próximos passos do Federal Reserve.
No Brasil, o destaque vai para a ata do Copom, que será divulgada amanhã. O mercado buscará pistas sobre a possibilidade de um último aumento da Selic em junho, especialmente após os dados recentes de IPCA e atividade.
Ainda nesta segunda-feira, a Petrobras divulgará seu balanço trimestral — o que deve movimentar fortemente o mercado, dada sua representatividade no Ibovespa.
Conclusão
Com o acordo entre China e EUA ganhando destaque e a agenda carregada de indicadores importantes, o mercado inicia a semana com otimismo, mas também com atenção redobrada. A medida contra as farmacêuticas mostra que, mesmo em meio a avanços, Trump continua imprevisível, o que exige cautela por parte dos investidores.
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